Não posso confessar
Não existe nada...
Nada existe para confessar.
Confessar a interioridade. Como? Não existe
Confusão posso pensar nela. Como? Não existe
Posso chorar. Como? Se não sei dominar a vontade
Que tenho de sorrir. Então, sorrio!
A existência existe? Sim – Mas não sei da onde começou!
Então não existe.
Explicação é coisa absurda, não me convence.
E a confusão persiste – Caminhar sem organizar me faz medo.
Então não existe.
O ser interior me confunde..
Não consegui organizar a minha insegurança.
Morrer me atrofia o corpo.
Não existe a morte?
Quero crer nisso.
Não posso imaginar meu corpo explodindo na terra rota!!
Os insetos não admito!
Então não existe! Meu corpo some.
Meu espírito perpetua no espaço.
É à hora da transformação.
Nasce um outro corpo, e vou nas entranhas penetrar!Será?
Aí confesso: Nada existe que não se transforme perante o liame vida – morte.
Nada existe – existe eu – vários eus existem,
Para a angústia formar.
Não vou começar porque não sei: talvez o motivo seja o desencontro do meu
Corpo com a minha mente?
Não sei dominar os meus dois seres.
Não me sinto como um eu.
Me sinto sempre, como um tu.
Por isso, nada existe a não ser você!
Que ama o nada existe como eu
Que perdoa a minha diferença.
II
Liame - Vida e Morte
Morte existe ( mais uma vez não sei explicar ) -
Então não existe!
para a amargura penetrar - dói - dói muito.
Não sei se a alma no além vive - para mim fica tudo aqui em constante ebulição de adubação!
Sem Celeumas e indagações.
Meus olhos tristes e paradas ficam a meditar!
Falam muito em um reino melhor que a terra! Será?
Não sei - então não existe.
Quero o conforto dos meus ais na ora que começar e tudo acabar.
São tantas dissonâncias que me pego a soluçar!
Começa aqui. E o fim é no nada existe?
No simulador do tempo tem um relógio emprestado do nada existe!
A verdade é um postigo e que ninguém vem falar.
Ela nos ensina a esquecer para nunca mais lembrar e nem divagar!
A vida é como as águas que continuamente vão...
A morte é seu ponto de gratidão.
Morte e vida é paralelo de nós mesmos.
A morte tem só uma demora de passagem.
Meu coração é inerte e infecundo - sou um sonho que ficou triste.
Alegria é a vida o resto nada existe, é travessia!
CATHARINA MONTEIRO (Poema feito em 1982)
- José Carlos Bruno Belíssima... Beijoss...
E quanto à morte?
http://josecarlospaivabruno.wordpress.com/2010/08/09 /morte/ 27 de janeiro às 12:05 · ·2 pessoasCarregando...
- Abel De Jesus Requião Maginífico, Catharina! Muito lindo e profundo. Parabéns, minha amiga! Biju prá ti!há ± 1 hora · ·
1 pessoaCarregando...
Nenhum comentário:
Postar um comentário